Desemprego docente<br>para lá da brutalidade

Image 10156

«Uma brutalidade» – protestou a Fenprof, comentando os dados oficiais do IEFP sobre o registo de professores desempregados, que dão conta de um aumento de 120 por cento, de 2010 para 2011, ou de 225 por cento, quando se compara 2009 e 2011. No entanto, a revisão da estrutura curricular, que o actual Governo pôs em marcha, «terá um impacto de tal ordem negativo no emprego docente que o MEC foge à discussão dos números e das soluções», como se afirma na nota divulgada pelo Secretariado Nacional da federação, no dia 5, após uma reunião no Ministério.

«No MEC ninguém parece querer dizer quais as implicações que a revisão da estrutura curricular terá no emprego dos docentes, já a partir de Setembro», mas a Fenprof reafirma que, se ela vier a concretizar-se tal e qual o MEC a prevê (em simultâneo com a constituição de mais mega-agrupamentos e com outras medidas previstas no Orçamento do Estado para 2012), aquelas percentagens «elevadíssimas» de crescimento do desemprego docente «serão facilmente ultrapassadas».

Cerca de dez mil docentes ficarão desempregados ou com «horário-zero», pelo que «não será por mera coincidência que o Governo, através de proposta apresentada pelo Ministério das Finanças, pretende agora eliminar da lei a “compensação por caducidade” que é devida aos docentes cujos contratos cessam».

Não há respostas do MEC, por outro lado, sobre o que acontecerá aos milhares de professores dos quadros, sobretudo do Ensino Básico, que ficarão sem actividade lectiva atribuída (os «horários-zero») no início do próximo ano.

Face a uma revisão «desenhada com as linhas impostas pelo Orçamento do Estado», a Fenprof declara que, «com os professores e educadores, tudo fará no sentido de contrariar esta intenção do Governo, denunciando e lutando contra medidas que terão, igualmente, impacto negativo no que respeita à organização pedagógica e ao funcionamento das escolas, bem como à qualidade do ensino».



Mais artigos de: Trabalhadores

Fartos de mentiras!

As declarações do primeiro-ministro sobre o período de vigência do corte dos subsídios de Natal e de férias foram severamente condenadas pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública.

CGTP-IN propõe soluções

Com dez medidas imediatas, a Intersindical pretende impedir que o País prossiga «uma espiral em que a austeridade provoca desemprego e recessão económica, e estas reduzem as receitas do Estado».

Segurança à deriva

O sindicato representativo dos oficiais de marinha mercante veio denunciar publicamente e alertar as autoridades para graves falhas nos serviços marítimos e portuários.

Socorro afastado<br>em Lisboa

Com uma recente reorganização da localização dos veículos, o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa concentrou e colocou fora de serviço viaturas cruciais para o socorro. O alerta foi dado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, que critica o facto de...

Plenário hoje na <i>Portucel</i>

Os trabalhadores da Portucel, da ATF, da Headbox, da Arboser e da EMA21 – empresas do Grupo Portucel Soporcel – voltam esta tarde a reunir-se em plenário, nas instalações fabris em Setúbal, para analisarem as lutas travadas mais recentemente e a...

Pousada deve reabrir

A Pousada de Santa Luzia, do Grupo Pestana Pousadas, está com actividade suspensa desde 31 de Março, mas esta é «uma medida de gestão injusta», como foi realçado num plenário do Sindicato da Hotelaria do Sul, ali realizado no dia 2. Rodolfo...